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sexta-feira, março 29

Polícia Civil investiga quadrilha envolvida em fraude nas cidades de Monlevade, Itabira e São Gonçalo

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Em investigação acerca de fraude em processo licitatório para a compra de equipamentos e insumos de combate ao coronavírus, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, sendo nove em João Monlevade, um em São Gonçalo do Rio Abaixo e outro em Itabira, cidades localizadas na região Central do estado.

A operação foi realizada na última quinta-feira (22/10), e grande parte dos investigados já foram ouvidos pela equipe da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção. Além disso, dois veículos foram apreendidos.

O delegado Domiciano Monteiro, chefe da Divisão Especializada de Combate à Corrupção, Investigação a Fraudes e Crimes Contra a Ordem Tributária, explicou que o alvo principal das investigações tinha diversas empresas registradas em nome de terceiros. Entretanto, essas empresas não atuavam no ramo de fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), nem de insumos hospitalares.

“Foi apurado que as empresas não tinham como objeto social a atuação nesse ramo, e ainda elas estavam registradas em nome de ‘laranjas’. O principal investigado atuava nesses procedimentos licitatórios como representante de mais de uma empresa”, detalhou Monteiro.

O delegado Gabriel Ciriaco Fonseca, titular da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, acrescenta que, dessa forma, o suspeito enviava orçamentos de diferentes empresas em um mesmo processo licitatório. “Ele conseguia, com isso, direcionar para qual empresa seria feita a contratação e qual o valor dessa contratação, já que ele estava dominando essa questão de orçamentos”, destacou.

Segundo apurado, diversas pessoas, entre elas empregados do suspeito, como a secretária e o caseiro dele, eram usadas como ‘laranjas’. Alguns dos investigados, inclusive, emprestavam o nome em troca de benefícios. Nesse sentido, o suspeito usava nome de outros, tanto como proprietários de empresas quanto de veículos de luxo utilizados pelo investigado, e familiares dele.

Conforme apurado, o esquema criminoso teria causado prejuízo inicial estimado, até o momento, em cerca de R$ 250 mil aos cofres públicos. “Identificamos também outros municípios, no curso da investigação, e provavelmente esse valor deve chegar próximo a meio milhão de reais, com a chegada desses novos municípios, que foram vítimas também desse esquema criminoso”, acrescentou Fonseca.

Estão sendo investigados os crimes de fraude a licitação (dois a quatro anos de prisão), falsidade ideológica (um a cinco anos de prisão), organização criminosa (dois a oito anos de prisão) e lavagem de dinheiro (três a dez anos de prisão).

No total, cerca de 50 policiais civis participaram da operação, coordenada pela equipe da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, com o apoio das Delegacias Regionais em João Monlevade e Itabira.

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