Os 177 profissionais de educação tiveram contrato temporário suspenso, devido à queda de arrecadação com a pandemia da covid-19. Os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) sofreram impactos significativos, nos repasses federais, segundo a Prefeitura de Itabira.
Pelo menos um terço daquelas pessoas com contrato administrativo suspenso se reuniram, dia dois de junho, na avenida Mauro Ribeiro Lage, e seguiram em carreata pela região central de Itabira, em direção a Prefeitura, e posteriormente a Câmara Municipal de Itabira, onde se manifestaram contra o decreto, pedindo sua imediata revogação.
De acordo com os professores, para que um profissional consiga ter um salário minimamente digno, é de vital importância o acúmulo de cargos no município e no estado, considerando que em alguns desses cargos, as aulas são fracionadas e o pagamento dessas aulas complementam pouco os salários dos profissionais, obrigando o professor a trabalhar em vários turnos para garantir o próprio sustento, com aulas no vespertino, matutino e até no noturno.
Com o apoio dos dois sindicatos, o grupo seguiu pelo trajeto destacando palavras de ordens e questionando o ato do prefeito Ronaldo Magalhães, ao assinar o decreto, em momento de refração econômica, e de desemprego, como impactos na economia no dia-a-dia da população. Diante do legislativo, contou com o apoio de vereadores e populares que passavam pela avenida Carlos Drummond de Andrade. A manifestação durou aproximadamente uma hora.
Participaram do ato, a líder do movimento, Kênia Coelho, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Municipais de Itabira (Sintsepmi), Auro Gonzaga, e a coordenadora da sub-sede de Itabira do SindUte-MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Estado de Minas Gerais), Vanderleia Freitas.
Demissões
Por se tratar de uma “suspensão contratual”, evitando o desligamento mas não efetuando o pagamento dos profissionais, os manifestantes alertam que: O estado tem feito o pagamento de professores a conta gotas, já promovendo um desabastecimento financeiro dos professores, e com o salário defasado e ainda a suspensão dos contratos, o prefeito tem promovido um desemprego “disfarçado”. Somando aos Celetistas, servidores da Itaurb e agora os professores, são mais de 400 desassistidos pela prefeitura. Colocando em dúvida a real intenção do prefeito a proteger o emprego e renda.
A assessoria de comunicação da administração pública, questionada sobre um posicionamento diante do ato, respondeu que os profissionais em educação estão no exercício do direito democrático.
Com informações Euclides Éder