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quarta-feira, abril 24

Secretaria de Saúde apresenta ações de enfrentamento ao coronavírus em Minas Gerais

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Tendo em vista a confirmação do primeiro caso de coronavírus (COVID-19) em um brasileiro residente em São Paulo (com histórico de viagens à Itália), a Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) alerta sobre a necessidade de medidas preventivas medidas semelhantes às da estratégia de combate à gripe. Atualmente, existem cinco casos suspeitos em Minas, três em Belo Horizonte, um em Montes Claros e outro em Juiz de Fora.

Diante da tendência de aumento do número de casos suspeitos, a SES-MG apresentou, nesta quinta-feira (27/02), em entrevista coletiva concedida pelo Secretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo Amaral, o Plano de Contingência para Publicação de Emergência em Saúde COVID -19, preparado durante o mês de fevereiro. Na ocasião, a secretária também detalhou as ações em andamento.

Entre as medidas realizadas pela secretaria estão, por exemplo, licitação para compra de equipamentos de proteção individual (EPI) para profissionais de saúde; realização de campanhas, tanto na mídia tradicional, quanto voltadas às redes sociais; criação de hotsite para publicação e concentração de informações oficiais; e treinamento de pessoal nas Regionais de Saúde e das Secretarias Municipais de Saúde.

“Estamos em processo de análise legal para a publicação de um Decreto de Emergência em Saúde Pública, que pode agilizar os processos de compra de camas, medicamentos, ventiladores, monitores, contratação de pessoal, entre outras medidas que podem gerar uma resposta da serviços de saúde a esta epidemia. Também ativaremos o Centro de Controle de Doenças Transmissíveis de Minas Gerais, uma espécie de força-tarefa focada em emergências de saúde e também em conjunto com a Rede Intermunicipal de Emergência em Saúde Pública, que envolve consórcios intermunicipais ”, apresentou o secretário Carlos Eduardo Amaral .

Ainda conforme o secretário, do ponto de vista do cidadão, a ênfase deve ser dada às medidas de higiene respiratória, como lavar constantemente as mãos, sobretudo após uso de transporte público e contato com pessoas em locais de aglomeração pública; evitar levar as mãos ao nariz e aos olhos; cobrir a boca e o nariz ao espirrar. “São cuidados muito similares àqueles para evitar a gripe”, comentou Amaral.

Existe também a possibilidade de um aumento no número de pacientes que podem estar infectados, considerando que houve um aumento no número de países nos quais a transmissão da doença está ocorrendo, que ultrapassou o continente asiático e chegou à Europa . “As pessoas viajam com mais frequência para países como França, Itália e Alemanha, então há uma tendência para os casos aumentarem. É importante enfatizar que, a partir da notificação, o isolamento do paciente já ocorre. Posteriormente, de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde, o caso pode ser classificado como suspeito ”, explicou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Dario Brock Ramalho.

De acordo com o subsecretário, atualmente o teste feito após coleta de secreção dos pacientes é realizado para alguns vírus mais comuns que causam síndromes respiratórias na Fundação Ezequiel Dias (Funed), e o específico para coronavírus na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Há expectativa de que, nos próximos dias, o Ministério da Saúde desconcentre a realização do exame na Fiocruz e permita que a Funed e outros laboratórios também estejam capacitados a realizar os testes RT-PCR, conforme o protocolo Charité, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”, informou.

Tanto o secretário Carlos Eduardo Amaral, quanto o subsecretário Dario Brock Ramalho ressaltaram que não há razão para discriminação em relação às pessoas vindas de países asiáticos ou seus descendentes. “Não há o menor sentido em qualquer atitude discriminatória. Além disso, os casos suspeitos têm relação com viagens que as pessoas fizeram, em virtude da transmissão dos casos e não pela origem das pessoas”, destacou Amaral.

A diretora de Vigilância de Doenças Transmissíveis da SES-MG, Janaína Fonseca Almeida, observou que as medidas em relação aos aeroportos são desenvolvidas por órgãos federais. “Avisos sonoros são dados e as companhias aéreas são treinadas para reconhecer pacientes com sintomas. No aeroporto de Confins, se houver, a sala de isolamento será usada até que o paciente seja levado ao serviço de saúde de referência. Posteriormente, monitoramos outros passageiros ”, acrescentou.

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